RESENHA LIVRO - "O SAGRADO" - RUDOLF OTTO
RESENHA LIVRO - "O SAGRADO" - RUDOLF OTTO
Victor Benincasa Borejo
Rudolf Otto em seu célebre livro “O Sagrado”,
trata de diversos assuntos relacionados ao tema que dá título a sua obra entre
eles “O numinoso”, “Mysterium Tremendum”
que são capítulos importantes dessa obra. O livro é dividido em 23 capítulos e
dois anexos.
No primeiro capítulo intitulado “Racional
e Irracional” ele trata, sobretudo, da ideia de Deus que deve ser definida com
clareza e tributos que permitam que ela seja analisada com o aspecto
pessoal-racional. Assim, teremos uma ideia com conceitos claros e de fácil
acesso ao pensamento, o que é o aspecto racional que intitula ao capítulo: sem
ele não teríamos fé. O autor mostra que pode ocorrer um mal entendido, o de pensar
que os atributos acima citados acabam por esgotar a essência da divindade. Isso
não ocorre, pois eles se referem e têm validade para algo irracional.
Com isso, ele mostra-nos que tal mal
entendido nos leva ao contraste entre religião e racionalismo (que tratará mais
a frente nos próximos capítulos). Assim destaca as características mais
relevantes deste movimento, entre elas a distinção entre racionalismo e
religião que se trata de uma diferença, diferentemente do que muitos pensam,
qualitativa. Assim, uma religião racionalista coloca mais validade no aspecto
racional da religião do que no irracional, podendo até exclui-lo – o que levaria a um conceito errôneo da
divindade. Tal tendência de racionalização da religião esta presente até hoje.
No segundo capítulo, o autor continua
tratando de um dos temas mais importantes do livro: o “Numinoso”. Ele afirma que descobrir e reconhecer que algo é sagrado
são avaliações que ocorrem somente no campo religioso. Enxerga-se um elemento
especifico fora do racional. Isso é algo, como Rudolf Otto diz, “impronunciável”
que não é compreendido de forma habitual, ou seja, é um algo a mais. Ele
procura então uma forma de definir tal elemento sem perder nenhuma de suas
características, apenas descontando seu aspecto racional. Elemento esse que é
parte integrante de todas as religiões. Para tanto ele designa o termo Numinoso.
No terceiro capítulo o autor descreve os aspectos
do Numinoso e, especialmente nesse capítulo,
ele nos convida a lembrarmos de momentos de forte expressão religiosa, pois
será de grande valia para o capítulo. Além disso, adverte que aqueles que não
tiveram tal experiência religiosa não prossigam com a leitura. Tal sentimento
será a análise desse capítulo e, em suma, nos diz que tal sentimento é de
dependência: uma dependência que é diferente da dependência natural.
Tal dependência é confessa, e difere de
qualquer outra dependência. O autor define-a como “sentimento de criatura”, que
não é nada perante o que está acima de toda criatura. Acrescenta ainda que tal
termo não a define completamente, pois se trata de um sentimento da psique
humana. Afirma que tal sentimento é um efeito colateral do subjetivo de outro
elemento, que ele denomina “receio”, que vem de um objeto fora de mim, que é
justamente o numinoso, mas justamente é preciso existir uma sensação de
superioridade e inacessível para existir tal sentimento de dependência.
Na sequência, no quarto capítulo o autor
continua a tratar dos aspectos do sagrado, o que dá nome ao capítulo:
“Mysterium Tremendum”. De início nos propõe uma séria de perguntas relacionadas
ao numinoso em relação a sua objetividade e subjetividade fora de mim e também
o que ele é. Afirma que se trata de algo irracional, não sendo impossível de
defini-lo com conceitos, algo que naturalmente arrebata e move a natureza
humana. Somente ser assinalado pelo sentimento da psique humana.
Chama-nos assim para analisarmos um
aspecto mais básico e profundo dos fortes sentimentos espirituais que o
numinoso nos causa, que podem temporariamente nos excitar e invadir-nos com um
poder que quase confunde os sentidos. Define tal sentimento como “Mysterium
Tremendum”. O atributo do Tremendum é
arrepiante, assombroso e que nenhuma criatura pode causar; é algo
fantasmagórico. Trata-se do impulso básico para a religião que inicialmente
aparece como receio demoníaco e se desenvolve até chegar ao sentimento do
numinoso.
Fala-nos ainda do aspecto avassalador que
faz parte do aspecto Tremendum, que é
o sentimento que tratamos no capítulo anterior como algo superior que faz
contraste com o aspecto de dependência.
Também do aspecto enérgico, ou energia do numinoso, que aciona na psique
humana o zelo. Por fim, ele nos fala do aspecto “Mysterium” (o “totalmente
outro”), que é a designação que ele deu ao objeto numinoso.
Constituído de um aspecto menor (espantoso),
que é um estado de espírito que somente se dá no sentimento numinoso. Define
mistério como aquilo não compreendido, inexplicável. Passa na religião por três
níveis: o da estranheza, paradoxal e o antinômico. É o incompreensível na
medida em que nos transcende.
Já no quinto capítulo trata de hinos
dirigidos ao sagrado que contém tais aspectos. Trata-se de uma glorificação
racional que transmite uma sensação do irracional da divindade segundo os
aspectos mencionados no capítulo anterior (Tremendum
Mysterium).
No sexto capítulo ele trata do aspecto
fascinante e o trata refletindo o aspecto majestoso com o aspecto de
dependência (Tremendum) que acaba por
gerar algo distanciado que é atraente, cativante, fascinante, mesmo sendo
distanciado. O que me apavora acaba me atraindo. Fato que, de acordo com Rudolf
Otto, está presente em toda história da religião.
A seguir, no sétimo capítulo, ele trata do
aspecto assombroso que está mutuamente ligado com o aspecto fascinante, já
visto. Pois, além do contato que temos com sagrado ser fascinante, ele também é
assombroso, pois é algo que está acima de nos que nos transcende.
No capítulo oito, denominado “correspondências”,
têm três pontos para serem tratados: harmonia de contrates, lei da associação
de sentimentos e esquematização. No primeiro ponto, ele trata que o mistério
tem seu próprio teor positivo quando se dá em sentimento, que se dá em harmonia
na qualidade dos mistérios que não conseguimos descrever. Aqui tratamos do
excelso, que serve para suscitar e também passar para outro o sagrado. No
segundo ponto ele trata desse “suscitar” e “passar para”, principalmente desse
último, se tratam de algo advindos de sentimentos e, como nos diz a psicologia,
sentimentos passam de um para outro, ou seja, mudam o meu estado quando passam
(substituição) de um para outro. No terceiro e último ponto trata da
esquematização dos sentimentos dos sagrados que uma vez desenvolvidos se não se
decompõe tornando-se cada vez mais firme.
Na
sequência, Rudolf Otto trata no capítulo nove do aspecto augustum, que se dá
analisando ao aspecto do sentimento criatura. Tal sentimento agindo em nós,
cria uma aniquilação (desvalorização) em nós de nós mesmos, um sentimento que a
pessoa tem por ser absolutamente profana (por profano, o autor, entende como
toda a existência de criatura àquilo que está acima de toda criatura. O contrário
disso é o santo). É um valor objetivo e inexplicável que dá origem a todos os
outros (irracionalmente) valores objetivos do sagrado.
No capítulo dez o autor pergunta: Que quer
dizer o “irracional”? Se não o aspecto que buscamos na ideia de divino. Define
irracional como a realidade nua e crua; diante da razão, e aqui descreve várias
noções de onde é aplicada tal definição de sagrado, entre elas: o espírito frente
ao necessário, o acidental face ao derivável e outros. Assim, quem usa o termo
deve indicar em que sentido está utilizando, como já destacado irracional para
nos aqui é aquilo inteligível.
Prosseguindo, no décimo primeiro capítulo
ele trata dos “meios de expressão do numinoso” e o divide em três partes: meios
diretos, meios indiretos e os meios de expressão do numinoso nas artes. Sobre
os meios diretos, ele inicia a reflexão de como esclarecer a natureza do
sentimento numinoso, e lembra que Ele se exprime exteriormente é comunicado e
transferido de uma psique a outra (despertar a partir do espírito). É com esse
despertar que se dá a expressão direta do numinoso. Palavras são as piores
maneiras de transmitir, pois nunca alcançam o que verdadeiramente é o numinoso.
Acerca dos meios indiretos, ele afirma que
são os outros meios que sobraram, entre eles o que a religião se utiliza desde
os primórdios até os tempos atuais: o sentimento temível, horrível. Sempre
tangido pelo aspecto tremendum que,
depois, tal receio torna-se quase imperceptível. Dando lugar ao excelso, que
por sua vez exaltará o tremendum e o mirum (mistério) e assim sentiremos o
“totalmente ouro”. No terceiro ponto, o
autor trata dos meios de expressão do numinoso na arte e diz que o melhor meio
para tal representação é o excelso, sendo ele expressado com música, imagens
góticas (que envolve o silêncio e as trevas) e qualquer outro meio de expressão
do numinoso.
Rudolf Otto reflete o “numinoso no antigo
testamento”, que nomeia o décimo segundo capítulo da obra. Diz que em todas as
religiões já atuam os sentimentos do irracional e do luminoso, principalmente
na religião bíblica. Ali o mistério está inserido nas noções do angélico e do
demoníaco que, como “totalmente outro”, governa todo o mundo. Afirma que no
antigo testamento com os sentimentos de demoníaco e tremendo gradativamente se
apresentava um “deus” de forma mais elevada. Um verdadeiro processo de
desenvolvimento (amadurecimento) da noção de Deus.
Com os profetas então se inicia um
processo de moralização e racionalização do numinoso, consagrando-o como Santo,
que culmina nos profetas e no Evangelho. Devemos tomar cuidado com o sentido
das palavras moralização e racionalização. Tal ação aconteceu em um sentido de
melhor entendimento do sagrado, dando-lhe conceitos de onipotência, bondade
etc.
O autor continua sua reflexão, agora no
Novo Testamento. Esse aspecto nomeia o décimo terceiro capítulo. Diz-nos que no
Evangelho Jesus atingiu um altíssimo grau na racionalização, moralização e
humanização da ideia de Deus, enchendo, assim, o numinoso com valores
psicológicos racionais e profundos. Tais fatos nos mostram o reino que foi
anunciado como a dimensão do “totalmente outro” algo que é de dar medo e
atrair, o que nos fará mudar nossas atitudes para um dia habitarmos neste
reino. Agora tudo é numinoso. Tudo isso é a revelação do Pai pela pessoa de
Jesus, tal Pai é o comprimento de toda a antiga aliança. O autor mostra, assim,
as reflexões de Paulo e como os sentimentos de dependência se modificaram
perante essa nova revelação. Ele trata do tema do livre arbítrio na doutrina da
predestinação.
Somando-se a isso, ele trata do numinoso
em Lutero no décimo quarto capítulo da obra. No início do capítulo faz uma
rápida retomada de como se deu a entrada do pensamento grego na religião
católica com Platão e a Aristóteles, passando assim por vários doutores da Igreja,
entre eles Agostinho e Crisóstomo. E cita Duns Scotus que retoma uma velha
discussão do deus dos filósofos. Lutero simplesmente ignora tais princípios escolásticos,
mas o autor nos diz que eles influenciam em seu pensamento.
Lutero tem a consciência primeira do
sentimento numinoso em si, que invadem a psique humana segundo oque conhecemos.
Cria um livro, que vira doutrina de sua igreja, chamado “De servo arbítrio”, ali diz que tudo em tudo que fazemos estamos
diretamente servindo a Deus (por isso, o termo servos) e que existe uma
predestinação daqueles que foram escolhidos para serem salvos. Portanto o
elemento numinoso se encontra no próprio conceito de fé de Lutero,
principalmente na parte mística, ficando os elementos irracionais vivos frente à
racionalização.
No
décimo quinto capítulo, denominado evoluções, Rudolf Otto afirma que o
sagrado sem os elementos racionais, mais precisamente os morais o sagrado não
seria o santo do cristianismo. O santo deixou de ser meramente o
numinoso. De fato, o que acontece é uma evolução, o que dá título
ao capítulo. Os sentimentos não mais estão misturados nem confundidos, o que
era numinoso vira Deus. Tal evolução acontece primeiramente no âmbito
irracional.
No décimo sexto
capítulo, o autor trata da categoria a priori do sagrado. Diz-nos que o
sagrado em seu sentido pleno é uma categoria composta, pois possui parte
racional e irracional e tais pontos são categorias estritamente a priori. Assim
não há como chegar ao sagrado a partir de percepções sensoriais racionais,
dessa maneira excluímos as experiências sensoriais. O sagrado, portanto, está
na "razão pura" que Kant desenvolveu.
Assim, os aspectos e as sensações do sagrado são todos puros, ou seja, não são fundados na experiência. Com isso, o homem tem o desejo de conhecer o transcendente e ele acaba se tornando pendor que acaba atraindo o que começa a gerar a religião. Ponto que o autor irá tratar no próximo capítulo.
Assim, os aspectos e as sensações do sagrado são todos puros, ou seja, não são fundados na experiência. Com isso, o homem tem o desejo de conhecer o transcendente e ele acaba se tornando pendor que acaba atraindo o que começa a gerar a religião. Ponto que o autor irá tratar no próximo capítulo.
Dessa forma, o autor
trata do surgimento da religião na história. No início o que se tinha, como
vimos nos capítulos acima, era uma busca pelo sagrado, o que não era má
religião como conhecemos, tendo o assim, culto aos mortos, às almas, aos
ancestrais, aos objetos da natureza etc. Mas todas tem nelas presente o
elemento numinoso, sendo assim um prelúdio para a religião.
Se analisarmos
corretamente tais elementos de culto, ali veremos elementos do numinoso
misturados e pouco refinados, o que seria as primeiras sensações do numinoso.
Mas, como vimos até aqui, os aspectos do sagrado sofrem uma evolução, passam por uma racionalização, o que acaba refinando os sentimentos numinosos e transformando o numinoso em Deus. Conceito que depois sofrerá transformações com novas linhas de pensamento.
Mas, como vimos até aqui, os aspectos do sagrado sofrem uma evolução, passam por uma racionalização, o que acaba refinando os sentimentos numinosos e transformando o numinoso em Deus. Conceito que depois sofrerá transformações com novas linhas de pensamento.
Na sequência, Rudolf Otto, trata no décimo oitavo
capítulo do aspecto "brutos" do receio demoníaco que se fez muito
presente no início da história da religião. Ela é responsável pelo fato de
alguns elementos do sagrado aparecerem gradativamente e outros de uma só vez. Ė
por causa disso que se torna difícil classificar religiões por gênero e
espécie. É responsável também pelo fato de primeiro se ter culto aos objetos,
acontecimentos e entidades intramundanas que desencadeiam a sensação
numinosa. É responsável também pela
forma inesperada que tais sentimentos nos arrebatam.
O aspecto bruto vai sendo superado quando o sagrado
começa se revelar, mas irracionalmente todos os conceitos que por ele foram
criados permanecem. Portanto o irracional não é algo irreconhecível, mas sim algo
que ode ser experimentado com os sentidos.
No décimo nono capítulo,
o autor trata novamente do sagrado como categoria a priori, concluindo o que já
foi exposto. Diz que os elementos racionais e irracionais do sagrado são
realmente a priori, que também vale para o que os relaciona. Portanto, quando
os aspectos racionais se unem também se unem os aspectos irracionais. Reflete
também de onde cada sentimento e aspecto do numinoso deriva se e afirma que é
possível distingui-los pelo aspecto formal, que será o "totalmente
outro".
Somando-se a tais fatos,
no vigésimo capítulo, Rudolf Otto trata diretamente das manifestações do
sagrado. Trata-se aqui no vivenciar sagrado não apenas acreditar, tal vivência
se dá com a manifestação do sagrado: os chamados sinais. Sinais é tudo aquilo
que acorda o sentimento de sagrado no homem, todos aqueles aspectos que foram
expostos como o terrível, o excelso, o avassalador especialmente o misterioso e
o não entendido.
Ainda vimos que tudo isso
não é um sinal e sim aspectos do sagrado. Assim com a evolução da religião e o
uso da razão religiosa esses sinais foram rejeitados. O autor dá então o nome à
capacidade de conhecer e reconhecer a manifestação do sagrado denomina-a divinação.
A divinação tem interesse no significado do sinal, tal interesse vem da
capacidade de contemplação meditava que abre a psique humana para as impressões
do universo que nos permite identificar as manifestações do sagrado. Cita que
tal divinação apresenta dois erros, um que ira tratar neste capítulo o outro
que será tratado no próximo.
O primeiro erro se dá em
se pensar que todas as pessoas possuem tal faculdade de divinação, pois não se
pode afirmar que exista tal faculdade em pessoas todas as pessoas com
seguimento de alguma religião. Com isso, o autor trata da divinação no
protocristianismo no vigésimo primeiro capítulo, revelando o segundo erro que
pode ter a divinação que por mais que se escreva na história a divinação na
história da religião sempre será descrito escassamente e sem nitidez o seu
objeto, principalmente na religião bíblica. Isso leva a enxergar (reconhecer um
significado específico) a Cristo como um sujeito da tal divinação não um
objeto, quando deveríamos enxergar Cristo como o numinoso, o “totalmente outro”
carregado com o aspecto tremendum,
com seus anúncios e sua vida.
No vigésimo segundo
capítulo, Rudolf Otto trata da divinação do sagrado no cristianismo de hoje e a
grande questão de tal capitulo é se conseguimos viver aplicando os exemplos de
Cristo em nossas vidas, como faziam os antigos. Para que isso acontece é
preciso que as obras de Cristo ainda sejam compreendidas de forma imediata,
gerando assim uma imagem direta da sua santidade, surge um problema: se hoje
consideramos Cristo com o mesmo significado dos primórdios.
Será que hoje como vemos
o Cristianismo, como uma religião universal, religião redentora que nos leva a
salvação é o mesmo principio daquela religião que Jesus constituiu? O autor
responde que sim, e afirma que a religião de Jesus desde o princípio foi
redentora e não houve uma transformação para isso. Tal divinação, portanto nos
tempos atuais se dá em dois pontos: primeiro a visão de toda a história do espírito
humano em Israel, com seu profetismo, sua religião e a entrada de Cristo;
segundo o conjunto da obra de vida de Cristo.
Por fim, no vigésimo
terceiro capítulo – último da obra – o autor trata do a priori religioso e a
história. Inicia o capítulo afirmando que a diferença entre o sagrado como
categoria a priori do espírito racional e o sagrado em manifestação é uma
diferença entre revelação interior e exterior, entre razão e história. A
religião necessita de princípios cognitivos para que a pessoa possa validar tal
religião, tais princípios são a priori e não podem ser fornecidos pela
experiência nem pela história.
A religião fará parte da
história quando na história pudermos reconhecer certas manifestações do
sagrado. Assim, a história também é geradora da religião enquanto manifestação
do sagrado e percepção dele pela psique humana.
Conclui-se que Rudolf
Otto de fato inovou nos estudos do sagrado com os termos do numinoso e seus
aspectos. Também com a análise que esses sentimentos são dos tipos, como chama Kant,
a priori, além de analisa-los no Antigo e Novo testamento também como em toda a
historia da religião e suas interações com a psique humana.
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