O JUDAISMO
Victor Pereira Mascarenhas
O
Judaísmo é a religião monoteísta mais antiga do mundo. Originou-se por volta do
século XVIII a. C. com o chamado de Deus a Abraão e a terra prometida. Não é só
uma religião que passa a ser formada e desenvolvida, mas, junto com ela nasce
um povo com uma tradição e particularidades. E essa mesma religião e povo foram
a base para o nascimento do cristianismo.
No
Judaísmo costuma-se realizar diversas celebrações que recordam e mantêm viva a
história do povo judeu de geração em geração. E são essas comemorações que
ajudam a entender todo o seu contexto. O calendário judaico, que é luni-solar,
utilizado há mais de três milênios, possui como determinação datas de
aniversário, falecimento, casamento, festividades, serviços religiosos e outros
eventos. Diferente da nossa contagem, os judeus estão no ano 5778.
A
primeira comemoração dos judeus é o Shabat
Shalom, que é o “dia do descanso semanal”, simbolizando o sétimo dia em
Gênesis, após os seis dias da Criação. Este dia é observado a partir do
pôr-do-sol de sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado. Neste dia os judeus não
podem realizar atividades de trabalho. Mas através de atividades repousantes
honrar o dia de guarda. O Shabat Shalom é
observado com três refeições festivas: jantar de sexta-feira, almoço de sábado e
a refeição do fim da tarde.
Outra
comemoração em destaque no calendário judaico é o Yom Kippur. Nesta época, no início de outono em Israel, eles vivem
os dez dias de arrependimento, cujo o último dia é conhecido como Yom Kippur, que significa o dia do
perdão. Os judeus, levantam cedo, antes do nascer do Sol e recitam orações e
cânticos de arrependimento que expressam a profunda tristeza que cada indivíduo
e a comunidade tem pela fraqueza e pecados cometidos. No dia da expiação quase todo Israel e judeus
pelo mundo jejuam por um período de vinte e quatro horas.
O
Sukkot é a festa das tendas. Conhecida
também como festa dos tabernáculos e festa das colheitas, que coincide com o
período de colheita em Israel. Essa comemoração também relembra os quarenta
anos de êxodo do povo em deserto após a saída do Egito para a terra prometida.
Há também o Shavuot que significa
“semanas”. É o nome da festa judaica também conhecida como festa das primícias,
que é celebrada no quinquagésimo dia depois da Páscoa.
O
Hanukka é o festival das luzes que
tem por objetos litúrgicos a Chanukiá,
Pião e Sufganiot. Esta comemoração
começa em 24 de Kislev e finda em 2/3
de Tevet. Esse festival dura oito
dias, uma vez que na tradição judaica o dia do calendário começa no pôr-do-sol.
A
Simchat Torah que significa a
“alegria da Torah”, é celebrada logo após Sucot,
marcando o fim do ciclo anual da leitura do texto sagrado com a conclusão do
livro de Deuteronômio e o reinicio da leitura em Gênesis. A continuidade mostra
que os judeus jamais deixam de fazer a leitura da Torah.
O Pessach, que significa “passagem”, é celebrado para recordar a libertação do povo de Israel do Egito, conforme narrada no livro de Êxodo. O Pessach é uma festa que trata da libertação física e espiritual do ser humano. Ao sentar à mesa do seder (jantar cerimonial) os judeus leem a história de Pessach, recordando o êxodo do Egito com ênfase especial nas crianças, para que elas compreendam desde cedo a importância da libertação e de Moisés.
O Pessach atual é uma festa familiar, onde nas primeiras duas noites é realizado um jantar especial chamado de Seder de Pessach. Trata-se de uma cerimônia longa, onde a história do Êxodo é narrada e são feitas as leituras das bênçãos e das histórias do livro Hagadá. O Pessach é comemorado durante oito dias, e nesse período é proibido comer, beber ou ter posse de qualquer alimento fermentado. A Páscoa Judaica que é a comemoração da libertação do povo judeu é marcada por simbolismos, principalmente na alimentação.
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