Artigo: Sociedade e Ecologia

ADRIANO DA SILVA OLIVEIRA
HENRIQUE GALDINO SANTOS
VICTOR BENINCASA BOREJO
VICTOR
PEREIRA MASCARENHAS
A humanidade, ao longo
dos séculos, se desenvolveu com uma série de características peculiares se
consideradas variáveis tais como: clima do território ocupado, estrutura física
dos indivíduos, capacidade e métodos de locomoção e cultura de recursos necessários
à sobrevivência e ao desenvolvimento. Sendo assim, grupos que ocuparam regiões
marítimas desenvolveram mais rapidamente a técnica de construção de navios
capazes de navegar maiores distâncias, por exemplo.
Essa característica se
manteve razoavelmente constante até meados do século XVIII. Nesse período, dois
acontecimentos foram cruciais para a mudança desse panorama da humanidade: as
Revoluções Francesa e Industrial. Com esses acontecimentos, verifica-se uma
mudança nas técnicas de produção e no pensamento das populações.
De certo modo, esses
acontecimentos marcam o início do processo atualmente denominado globalização.
A partir do advento das indústrias, a produção de bens atingiu níveis outrora
impensáveis. Com a evolução dos meios de transporte, as distâncias entre os
extremos do globo foram drasticamente reduzidas. A comunicação atualmente
possibilita a transmissão de mensagens em tempo real para qualquer ponto da
Terra. A evolução da tecnologia também atingiu níveis expressivos, dando ao
mercado consumidor constantemente produtos inovadores.
Nesse contexto,
totalmente novo para a humanidade, somos apresentados a um problema igualmente
novo e colossal, tal qual é a globalização: a crise ambiental. A produção
tornou-se desenfreada e traz como consequência a geração de uma quantidade
incrível de lixo. Novos meios transportes tornaram possível a criação de
máquinas de guerra que “democratizaram” os conflitos e fez com que os números
de baixas nos conflitos fossem potencialmente aumentados. Enfim, a globalização
tornou a crise igualmente global.
O objetivo desse trabalho
é expor alguns dos panoramas acerca da crise ambiental, bem como alguns
encaminhamentos que visam a resolução desses problemas. Urge a necessidade de
mudanças, senão os danos ambientais, sociais e econômicos tornar-se-ão
irreversíveis.
As mudanças sociais da
atualidade e os problemas que delas decorrem constantemente são objeto de
discussão de muitos setores. Para que a explanação alcance os resultados
esperados, a definição de sociedade faz-se necessária. Na definição dos
dicionários encontra-se a sociedade como o “Grupo de indivíduos que vivem por vontade própria sob normas
comuns; comunidade[1]”.
Certos sociólogos, como Marx e Durkheim,
também conceituaram sociedade. Para Durkheim sociedade é a estrutura que
controla as ações dos indivíduos e garante que esses estão executando bem o seu
papel (fato social). Caso exista algum desvio, o indivíduo é devidamente punido
e corrigido. Para Marx a sociedade é heterogênea e constituída de classes, uma
trabalhadora e outra opressora, que se mantêm pela união de superestrutura
(Capitalismo) e infraestrutura (economia).
Em linhas gerais, mesmo
que haja definições distintas entre os autores, sociedade é a estrutura na qual
as interações entre os seres humanos que vivem em grupo ocorrem. Essa estrutura
inclui: leis, economia, processos de produção, maneira de pensar, entre outros.
Desde o início da
sociedade humana até meados do século XVIII a sociedade de certa forma não se
alterou de maneira significativa, já que nesse período passou por poucos
processos de transformação das relações sociais e das técnicas de fabricação.
Essa continuidade foi rompida por ocasião das Revoluções Francesa e Industrial.
Com esses acontecimentos surge uma nova classe social (burguesia), uma nova
forma de pensamento, baseada nos princípios de liberdade, igualdade e
fraternidade (Iluminismo) e a intensificação do capitalismo com o surgimento de
máquinas que ocasionaram o sensível aumento da produção e, por conseguinte, a
maior necessidade de recursos e matérias primas.
Todas essas mudanças
expostas ocasionam uma mudança de pensamento no homem, que começa a investigar
mais sobre si – antropocentrismo – e renega as convicções religiosas, criando
os métodos científicos que o ajudam a aperfeiçoar as ciências. Foi esse
processo que desencadeou a evolução sócio cientifica. Portanto a sociedade a
partir do século XVIII é uma sociedade que deixa de ter Deus no centro, aumenta
desenfreadamente o consumo de bens e busca, a todo custo, novos conhecimentos e
métodos.
Foi nesse contexto que,
após algumas décadas, surge o conceito de Ecologia; primeiro como parte da
Biologia, depois como ciência própria. Sendo ecologia o estudo das relações dos
seres, sejam vivos ou não, e sua relação com o meio ambiente (seu ambiente
natural). Atualmente, a ecologia ganha papel fundamental, pois, com o consumo
desenfreado de matéria prima para produção e a devastação do meio ambiente
desde o século XVIII, ela auxilia na prevenção e nas previsões dos estragos que
a ação humana provoca ao planeta, bem como a definição de ações corretivas:
Ciência
relativamente nova (tem pouco mais de cem anos), a ecologia é, no entanto, uma
das mais revolucionárias de todos os tempos, pois suas leis exigem que
transformações radicais na vida social sejam operadas caso se deseje manter a
vida no planeta[2].
Seguindo a mesma linha de
atuação surge o conceito de sustentabilidade. Em suma, ser sustentável é suprir
a necessidade atual do ser humano sem ter que prejudicar o meio ambiente e as
futuras gerações. Por isso está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico
e uma mudança de pensamento, pois o atual nível de consumo levaria a destruição
do planeta em poucas décadas.
De fato, deve-se
conscientizar a população quanto ao consumo de produtos sustentáveis,
conhecidos popularmente como ecologicamente corretos. Com essa atitude,
incentiva-se a geração do pensamento sustentável e assim supera-se a atual cultura
do consumismo à margem dos problemas ambientais. Assim, encaminha-se mudanças
na economia, pois as empresas que não produzem produtos com a garantia da
sustentabilidade são mal vistas no mercado consumidor e, por conta disso,
recebem um incentivo indireto para a implantação das melhorias cabíveis e
necessárias.
Leonardo Boff define
ecologia como: “a relação, inter-ação e
dialogação de todas as coisas existentes entre si e com tudo o que existe, real
ou potencial”[3].
Ou, pode se definir como a “ciência e
a arte das relações e dos seres relacionados”[4].
Boff condena a visão de que ecologia diz respeito apenas à natureza, esse campo
de estudo é chamado por ele ecologia natural.
A
ecologia deve ser pensada partindo do oprimido, marginalizado e excluído, pois
são indivíduos assim caracterizados que compõe a maioria da população da Terra
e os que mais sofrem com o problema da ecologia. Todos devem se unir em busca
de salvação para a terra ou todos se perderão.
A
ecologia pode ser vista como uma preocupação dos ricos e dos países do
hemisfério norte. Sabe-se que a grande maioria das nações mais ricas se
encontra no hemisfério norte e que são responsáveis por 80% de toda a poluição
gerada no mundo. Dessa parcela da população global que surge as primeiras
preocupações ecológicas, porém essas muito limitadas e desconexas com a
realidade. As soluções propostas são sempre fundadas no conservacionismo e
ambientalismo, mas nunca questionam que o modelo de sociedade construída por
esses países é o princípio gerador desse grande problema, que atualmente atinge
todo o planeta. E para tornar mais complexa a problemática, os mais afetados
são os pobres e oprimidos que são mortos por essa crise ecológica, como afirma
Josué de Castro “a pobreza é o nosso maior problema ambiental”. Alguns
ambientalistas afirmam que quanto menor a população no globo terrestre menor
será a poluição e a degradação, jogando toda a culpa nos povos oprimidos. Os
conservacionistas já pensam que devem ser feitas reservas ambientais para que
nesses locais sejam protegidas a fauna, a flora e os biomas do globo.
Essa visão não deve ser
chamada de ecologia, pois não visa o bem de todas as relações existentes.
Trata-se de uma visão egoísta que visa apenas o bem dos mais ricos e os
poderosos.
Outra visão que se tem é
a ecologia como coisa dos grupos ecológicos, que são formados pelos doutores em
botânica, florestas tropicais, biólogos, entre outros. Não basta criar uma
veneração à natureza, é necessário que se faça uma articulação com os pobres e
marginalizados. A injustiça social gera injustiça ecológica, como se pode ver
claramente na pesquisa de campo, apresentada no final desse trabalho.
Essa visão se fecha na
preservação dos animais, das plantas, da atmosfera e de todas as outras
realidades naturais; acaba-se por fim se esquecendo daquele que deve ser o
centro da ecologia: o ser humano, em plena comunhão com a natureza.
Existem também os
partidos verdes, que procuram defender a terra e buscam uma verdadeira
ecologia. A crítica acerca desses movimentos diz respeito à falta de
compromisso com a luta revolucionária do proletariado em defesa do povo
oprimido. Pois, quando houver a libertação do povo oprimido, haverá a uma
verdadeira sociedade ecológica.
Enfim, deve-se criar uma
consciência mundial sobre a importância da mãe Terra, essa grande nave que nos
acolhe e, por conseguinte, pensar no destino comum da natureza e do homem.
A ecologia social estuda
as formas que a sociedade se relaciona com a natureza, a forma de organizar o
modo de produção, de distribuir os recursos produzidos, como tratar os dejetos
e como dividir os recursos escassos.
Ocorre que a sociedade
tem formas diferentes de se relacionar com a natureza, tomemos os indígenas brasileiros
como exemplo: quando os tupis guaranis vão derrubar uma árvore fazem um rito de
pedido de desculpas para a árvore, pois precisa-se da madeira para a confecção
de uma canoa, uma porta ou um remo. Em nossa cultura o corte de dezenas de
árvores é feito em questão de pouco tempo com a utilização de equipamentos,
como a motosserra, sem qualquer respeito ou sentido de comunidade com as
árvores.
A nossa civilização
globalizada vive uma dupla ilusão: primeiramente, que os recursos da terra são
ilimitados, uma espécie de baú do qual podemos tirar continuamente tudo o que
precisamos e, em segundo plano, que podemos nos desenvolver infinitamente na
direção do futuro. Atualmente é sabido que os recursos são finitos e que não se
pode ir mais por esta linha de desenvolvimento, pois o planeta não suporta essa
solicitação. Calcula-se que, se países
ricos como o Japão, Estados Unidos e os países europeus, universalizassem seu
modelo de vida e bem estar por toda a Terra, precisar-se-ia de três planetas
iguais a esse para atender a demanda da população. Isso é surreal, mas
demonstra a necessidade de encaminhamentos que visem o desenvolvimento
sustentável da Terra.
As três pessoas mais
ricas do mundo possuem mais riquezas do que quarenta e duas nações, onde vivem
cerca de sessenta milhões de pessoas. Duzentas e cinquenta e sete pessoas têm a
riqueza correspondente a 2,8 bilhões de pessoas – quase a metade da humanidade.
Vê-se aqui uma profunda injustiça social. Têm-se basicamente dois tipos de
injustiça: a injustiça ecológica, que ocorre por que maltratamos a Terra,
poluímos as águas, poluímos os ares, ou seja, as formas de agressão para com a
natureza; a outra é a injustiça social, já que se produzem imensas
desigualdades sociais. Mais de 800 milhões de pessoas passam fome e mais de um
milhão de pessoas se hidratam com água maltratada – cerca de 70% das doenças
atuais provêm de águas contaminadas.
A ecologia social tem que
discutir o tipo de sociedade, visto que o atual modelo de sociedade não garante
o bem estar para a grande maioria da humanidade. O atual modelo não é benéfico
nem sequer para o próprio planeta. Esse modelo atende de maneira positiva cerca
de 1,6 bilhões de pessoas – valor ínfimo se comparado com a atual população da
Terra, que passou de seis bilhões de pessoas. Logo, para a maioria da população
global o atual sistema é prejudicial. O desafio da atualidade é reinventar a
sociedade e criar um modelo no qual todos as possam se beneficiar, a natureza
inclusa.
Para que o clima da Terra
se estabilize, faz-se necessária a criação de um novo tipo de relação entre as
pessoas. No que se refere à ecologia integral, caso não sejam tomadas as
devidas providências, o planeta entrará em colapso e ocasionará grandes
devastações de caráter global.
A missão da humanidade é
ser cuidadosa e usar seu potencial – a inteligência aplicada com sabedoria, a
técnica alinhada com a ética – para criar condições de a vida neste planeta se
manter saudável e continuar a existir. No aspecto social, deve-se buscar que as
comunidades humanas não vivam relações de exploração ilimitadas para com
natureza, mas que a usem de formal racional, ou seja, de forma sustentável.
Sociedade sustentável é
aquela que se utiliza dos recursos naturais e permite uma recuperação do
planeta. Nessa realidade, os bens não renováveis – minerais, combustíveis de
origem fóssil, entre outros – são utilizados com maior responsabilidade, sendo
assim garantidos para as gerações futuras. Em uma sociedade sustentável, os
recursos fornecidos por cada região são usados para oferecer uma melhor
qualidade de vida para sua própria população. Sendo assim, reduz-se a pobreza e
se garante o desenvolvimento integral da população.
Para Leonardo Boff, a
solução da crise ecológica é primeiramente o fim da visão antropocêntrica que a
sociedade possui. O homem não pode ser um déspota da Criação, mas sim o bom
pastor que cuida do seu rebanho, tendo toda a Criação como o rebanho, confiado
por Deus.
Para
que se consiga viver uma verdadeira ecologia a humanidade deve olhar para as
injustiças sociais que os pobres sofrem. Pois eles também sofrem ameaças assim
como as espécies ameaçadas de extinção. Haverá uma verdadeira ecologia no dia
em que houver uma verdadeira justiça social.
Conclui-se
que se deve formar uma democracia ecológica. Nesse modelo, através da educação
o cidadão poderá conviver em total harmonia com todos os seres existentes,
sejam eles animados ou inanimados e assim viveremos a sonhada democracia
ecológica-social-cósmica.
Atualmente, a palavra
crise tem sido constantemente proferida, mas isso não é algo novo. O que surge
como algo novo – evidente há poucas décadas – é o primeiro contato com uma
crise capaz de afetar não só ao indivíduo, mas a sociedade.
Em diversas áreas essa
palavra surge, como na política, na economia, na educação, na cultura, nas
relações sociais, na tecnologia, bem como no meio ambiente. Porém, ao
investigar os efeitos de todas essas crises, encontramos em um primeiro momento
causas distintas, que aparentemente não demonstram inter-relações e que são
tratadas de forma particular e independente.
Entretanto, é preciso
entender a causa maior que desencadeia tantas crises e solucionar o problema na
raiz. A solução que é buscada na maioria das vezes é para algo especifico que
trata a parte e não o todo, ou que simplesmente, aquilo que é percebido e
tomado como prioridade, na verdade não é uma prioridade, muito menos solução
para o problema como um todo.
Pode-se exemplificar essa
situação: nas últimas décadas foram registrados números absurdos referentes aos
gastos globais com tecnologia para armamento nuclear e de forma paradoxal
crianças morrem de fome, milhões de pessoas subnutridas e sem acesso a serviços
profissionais de saúde[5]. Isso não é um problema
que parou no tempo, ainda hoje os efeitos são agravantes, porque a percepção
tem estado voltada para aquilo que não é prioridade e fundamental, e com certo
grau de negligência daqueles que possuem o poder de mudança.
Este tipo de armamento,
que aparentemente traz mais segurança para um país, na verdade coloca não só o
país, mas toda a Terra em perigo, criando a possibilidade de uma guerra nuclear
e a destruição do planeta. Outro fator importante são os reatores nucleares que
possuem o mesmo tipo de energia das bombas atômicas[6], e esses mesmos elementos
radioativos são descartados no meio ambiente, toneladas deste material tóxico[7], quando há vazamentos de
reatores e uma vez em contato com o ar, os alimentos e a água que bebemos, o
risco de contrair câncer e doenças genéticas[8] é altíssimo. Assim como o
ser humano, todo o ecossistema global está em perigo, passível de um verdadeiro
desastre ecológico.
Pode-se tomar como caso
de estudo o acidente nuclear em Fukushima - Japão no ano de 2011, causado após
um terremoto de magnitude 8,9 que atingiu a costa noroeste do país e provocou
um tsunami. Este ocorrido foi a causa do acidente na central nuclear de
Fukushima Dahiichi e causou sérios danos à população japonesa[9]; cerca de 71 mil pessoas
tiveram que deixar suas casas naquela região[10] devido aos elementos
radioativos liberados na atmosfera que se misturaram no ar, na água e na terra
e que podem ser absorvidos pelo ser humano sem que ele perceba[11], ou seja, pessoas tiveram
que recomeçar a vida em outro lugar. Mas o problema não se limita ao ser
humano, animais estão sendo contaminados. O caso mais curioso é o dos javalis
que estão habitando aos arredores de Fukushima, a população deles aumentou em
300%[12], e esses animais estão
completamente contaminados, prejudicando plantações, causando prejuízos
milionários aos fazendeiros. Constatou-se danos genéticos em outros animais e
insetos também. A limpeza da região levará mais de 30 anos, contabilizando um
custo de US$411,6 bilhões para o país segundo um centro de pesquisa japonês[13].
O outro grande problema é
a contínua poluição do ar, que não só afeta os seres humanos, mas atinge também
os sistemas ecológicos, e pode afetar gravemente o clima global. O smog (combinação de fumaça e nevoeiro)
é um grande complicador nas cidades, prejudicando tanto a saúde das pessoas
(doenças respiratórias) como a economia. O país com os índices mais elevados
com este tipo de poluição é a China, fazendo com que pessoas usem máscaras o
tempo todo, mesmo dentro de casa e impossibilitando até mesmo alguns saírem nas
ruas. Com baixa visibilidade prejudica o transporte aéreo, como em dezembro de
2015 , ano em que mais de 300 voos foram cancelados[14]. Uma economia baseada no
carvão fez com que o país atingisse a posição de maior emissor de CO2
do mundo.
O envenenamento químico
está cada vez mais presente na nossa vida. Diariamente é uma dose direta no
corpo e na natureza. Essa problemática é uma de muitas que ocasionam também
grandes mudanças climáticas, alterando o modo de vida de diversas populações.
A grande questão sempre é
por onde deve-se começar a solução. Pelos problemas ambientais (recursos
naturais) ou econômicos, como a inflação e desemprego, já que ambos atingem a
sociedade de forma direta. Aqueles que possuem o poder nas mãos de tomar as
decisões para melhor gerir os problemas, e também de dar soluções, encontram
cada vez mais dificuldades para lidar com todas essas crises. “Quer falemos de câncer, criminalidade,
poluição, energia nuclear, inflação ou escassez de energia, a dinâmica
subjacente a esses problemas é a mesma[15]”.
O físico Fritjof Capra no
seu livro O ponto de mutação cita
também um ponto importante: três grandes transições numa grande mudança de
paradigmas, num novo ciclo evolutivo, mas a de grande interesse é a segunda
transição que é o declínio da era do combustível fóssil[16]. Capra diz que os
combustíveis fósseis estarão esgotados por volta de 2.300, porém já podemos
sentir os seus efeitos econômicos e políticos. É uma transição do combustível
fóssil para uma era solar, ou seja, energia renovável. Já vimos algumas
mudanças, de fato não de proporções gigantescas, mas que proporcionaram acertos
como nos anos 70 com a crise do petróleo, passou-se a utilizar também como
combustível o etanol. Campanhas são realizadas para a diminuição do combustível
fóssil, principalmente na utilização de automóveis, passando a utilizar o etanol,
ou até mesmo transportes alternativos, como os coletivos (ônibus e trem) ou que
não faz uso de nenhum tipo de combustível, como a bicicleta. São soluções
pequenas diante da realidade, mas que já causam um impacto inicial para grandes
mudanças.
Capra, portanto, diz que,
não é apenas uma crise de indivíduos, governo ou até mesmo instituições
sociais, mas o que está acontecendo de fato é uma transição de dimensões
planetárias[17]
(novo ciclo evolutivo). E para acompanhar essa transição segundo Fritjof é preciso
haver uma mudança na mentalidade, uma passagem do pensamento racional (linear,
concentrado e analítico) que tende a ser fragmentado para um conhecimento
intuitivo (baseia-se numa experiência direta, não intelectual, da realidade) de
percepção consciente, pois a sabedoria intuitiva constitui a base da atividade
ecológica[18].
Um dos problemas
apontados pelo autor é exatamente a questão da visão mecanicista do mundo. Uma
visão fragmentada, que olha para o mundo como um grande relógio constituído de
peças boas ou ruins que foram postas para exercer tal funcionalidade particular
e que constituem um todo, mas que podem ser substituídas, e que se há um mal
funcionamento é porque o mesmo foi construído com uma peça desde o início com
defeito.
A visão racional do
mundo, o pensamento do homem, fez com que o mesmo se erguesse como explorador e
dominador da natureza, sem ao menos pensar em qualquer ligação com os
ecossistemas. Causando profundas atitudes antiecológicas, interferindo no
equilíbrio natural, perdendo o contato com a base biológica e ecológica mais do
que qualquer outra cultura ou civilização no passado[19].
Portanto, a consciência
ecológica surgirá quando houver uma mudança na maneira de ver o mundo, entender
que somos todos partes de uma teia inseparável de relações, que fazemos parte
de um sistema vivo com uma estrutura coesa e coerente que abrange o todo e se
relaciona com o todo. De fato, a mudança de consciência trará uma nova
percepção frente a realidade.
“Podemos controlar os pousos suaves de espaçonaves em
planetas distantes, mas somos incapazes de controlar a fumaça poluente expelida
por nossos automóveis e nossas fábricas. Propomos a instalação de comunidades
utópicas em gigantescas colônias espaciais, mas não podemos administrar nossas
cidades. O mundo dos negócios faz-nos acreditar que o fato de gigantescas
indústrias produzirem alimentos especiais para cachorros e cosméticos é um
sinal de nosso elevado padrão de vida, enquanto os economistas tentam dizer-nos
que não dispomos de recursos para enfrentar os custos de uma adequada
assistência à saúde, os gastos com educação ou transportes públicos[20]”.
É evidente a necessidade
de uma mudança, uma consciência capaz de entender e compreender a partir de uma
visão ecológica a verdadeira e real prioridade no que diz respeito a sociedade
e o seu meio ambiente. Fatos suficientes que demonstraram a existência das
crises num contexto geral, mas que nos levam a concepção de que as mudanças
acontecem mais rápidas do que a percebemos, e que todas essas crises provêm de
uma crise, a crise de percepção.
A Igreja Católica
Apostólica Romana nunca hesitou em se posicionar e oficialmente pronunciar-se
ante a uma situação em que fosse claro o desrespeito ao ser humano e à Criação
como um todo. Aqui podemos citar como exemplos desde a Bula Papal Sublimis Deus[22]
– publicada por Paulo III em 1537 com o objetivo de condenar a prática de
escravizar povos indígenas – até a famosa carta encíclica Rerum Novarum[23]
– escrita em 1891 por Leão XIII e considerada o marco da Doutrina Social da
Igreja.
Na história recente da Igreja
pode-se verificar que essa postura não foi alterada. O Magistério soube manter
esse seu papel de denúncia mesmo diante da constante perda de espaço e
influência da Sã Doutrina. Nesse contexto, São João XXIII inaugura um novo
momento na história dos documentos pontifícios encaminhando a carta encíclica Pacem in terris, de 1963, não apenas à
Orbe Católica, mas também a todos os homens de boa vontade.
Atualmente, seguindo o
nobre exemplo de seus predecessores, o Papa Francisco quis se posicionar ante à
grave crise socioambiental, de caráter global. O planeta em que a humanidade
reside logo entrará em colapso se os atuais níveis de produção, desperdício e
poluição forem mantidos. Sendo assim, o Sumo Pontífice publicou em 2015 a carta
encíclica Laudato Si, que descreve os
principais problemas ambientais e as alternativas de melhoria no cuidado de
nossa casa comum, que é a Terra.
O documento é dividido em
seis capítulos que tratam desde a exposição do atual panorama que a humanidade
se encontra até as eventuais medidas de cunho educacional e cultural que devem
ser tomadas em vista da chamada Conversão Ecológica, exposta pelo Papa no
decorrer do texto. Por não se tratar de um estudo aprofundado do documento, a
seguir serão expostas em linhas gerais as principais ideias de cada capítulo.[24]
No primeiro capítulo da
encíclica, o Papa traça um panorama da atual situação de nosso planeta. O
primeiro alerta se baseia na incompatibilidade entre a velocidade em que a
técnica evoluiu nos últimos dois séculos e o tempo que a natureza leva para se
recompor da intensa solicitação e extração de recursos e matérias-primas. Em
seguida, constata-se a relação entre os altos níveis de poluição e as mudanças
climáticas ao redor do globo. Nessa linha, Francisco também traça o problema da
geração de resíduos, resultado de um modelo de produção não circular, ou seja,
que não reaproveita os materiais passíveis de reciclagem na fabricação de novos
bens. Na sequência, expõe-se o problema da água, da perda da biodiversidade, da
constante extinção de espécies por conta da intervenção humana, entre outros. A
partir desse ponto, o Papa faz uma ligação entre os problemas ambientais e o
impacto social que eles trazem, principalmente aos povos que mais carecem de
recursos; e conclui que os mais afetados pelas mudanças climáticas são de fatos
os mais pobres (Laudato Si’ n.48). Na conclusão do capítulo, o Pontífice também
faz uma crítica à fraqueza das reações internacionais, que visam mais os
interesses econômicos e os gastos em armamentos de destruição em massa, tanto
nucleares como biológicos. Por fim, o Romano Pontífice expõe a posição da
Igreja, que não busca dar respostas definitivas, e sim pistas para a resolução
dessa tão grave crise.
No segundo capítulo,
Francisco traça a realidade ecológica no ponto de vista da tradição
judaico-cristã. Já nas primeiras linhas, remete-se à Doutrina Social da Igreja
e o seu papel no diálogo que deve ser estabelecido para a superação da crise (Laudato
Si’ n.63). A linha de pensamento que guia o capítulo é a seguinte: por ser uma
criatura feita por Deus à Sua imagem e semelhança, o homem tem o dever de
salvaguardar o restante da Criação e não destruí-la. O aspecto da dominação
humana é revisto, visto que por muito tempo essa prerrogativa era vista como
uma justificação quanto ao uso desordenado de toda a Criação, incluindo os
indivíduos considerados inferiores. Para que essa doença seja sanada, é
necessária uma comunhão universal, baseada na paz, na justiça e na conservação
da Criação (Laudato Si’ n.92). Na conclusão desse capítulo, Papa Francisco
descreve a perfeita harmonia existente entre a Pessoa do Verbo – Jesus Cristo –
e a natureza, a ponto de se fazer carne para a redenção de toda a humanidade
decaída.
A raiz humana da crise
ecológica é a realidade tratada no terceiro capítulo da carta encíclica. Papa
Francisco busca resumir essa raiz em um conceito chamado paradigma
tecnocrático. Nas linhas seguintes do documento explica-se o conceito e suas
consequências quando praticado. Entre os principais problemas diagnosticados
pelo Papa, o contraste entre o poder gerado pela tecnologia para um pequeno
grupo de pessoas e a capacidade que esse mesmo grupo possui de gerir esse poder
é elencado como o maior deles (Laudato Si’ n.105). Outro erro apontado por
Francisco: a produção global se encaminha a partir do conceito equivocado de
que os recursos naturais para a fabricação de produtos são ilimitados. Um
aspecto também abordado é o de que a sociedade tem vivido um antropocentrismo
decadente que, em última análise, tende a produzir a nociva cultura do
relativismo e encaminha a humanidade à autodestruição. Nesse interim, faz-se
uma pesada crítica a grupos que pregam as realidades antinaturais, tal como o
aborto e o controle da natalidade e a prática de grupos ecológicos de aspecto
claramente anti-humano.
O líder da Igreja
Católica expõe no quarto capítulo da Laudato
Si’ as características da chamada Ecologia Integral. O primeiro aspecto
abordado é a integração efetiva entre as dimensões ambientais, econômicas e
sociais para que de fato esse modelo mostre-se possível e viável. No que se
refere à cultura, Francisco faz crítica à globalização cultural e faz um apelo
para a preservação de comunidades aborígenes (Laudato Si’ n.146). Em seguida,
pontua-se sobre as atitudes quotidianas que um indivíduo exerce em vista das
realidades ecológicas e faz-se um questionamento de como deve-se deixar o mundo
para as gerações futuras. Na conclusão desse capítulo, o Papa alerta sobre a
deterioração ética e cultural como um dos motivos para que não ocorram mudanças
significativas e concretas no campo ecológico (Laudato Si’ n.162).
No quinto capítulo, o
objetivo do Papa é orientar e propor linhas de segmento para a realização de
medidas, respeitando a ideia de que a Igreja não fornecerá fórmulas prontas
para os governantes. O primeiro ponto a ser abordado é a falta de
aplicabilidade das declarações que são sancionadas a nível internacional. Nesse
ponto Francisco faz uma pesada crítica às potências poluidoras e suas manobras
para não aderir aos acordos. O Romano Pontífice demonstra apoio às sanções
internacionais impostas às nações que não cumprirem seus compromissos firmados
referentes ao meio ambiente. A aplicabilidade dessas sanções tende a sugerir
aos Estados a criação de mecanismos reais de controle ambientais. O Papa chama
os povos à sobriedade, tanto na produção de bens, como na reutilização de
materiais e eficiência energética (Laudato Si’ n.192).
Por fim, no último
capítulo o Papa vai abordar a questão da educação e espiritualidade ecológicas.
No início a ideia principal fica bem clara: é necessário o encaminhamento para
outro estilo de vida. Para que isso aconteça, o ser humano precisa adquirir as
chamadas virtudes ecológicas, que tornam atos isolados de preservação em uma
verdadeira conversão coletiva dos costumes ecológicos. Essa conversão dá-se de
maneira privilegiada no ambiente familiar, sendo esse o primeiro ambiente
educacional com o qual o indivíduo tem contato. No aspecto espiritual,
Francisco faz novamente menção à Conversão Ecológica (Laudato Si’ n.216). O ser
humano necessita tomar consciência de que a Criação deve ser tomada como um bem
que necessita de proteção e cuidados e que as verdades de fé que os cristãos
possuem tomar-se-ão como princípios de preservação. As ações comunitárias e a
sobriedade do indivíduo em relação ao consumo de bens são revisados pelo Papa.
Para concluir, o Sumo Pontífice põe a Eucaristia no ápice da Criação e pede a
intercessão da Santíssima Virgem Maria, para que ela como Rainha e Mãe possa
interceder por cada um de nós e por todos aqueles de boa vontade, que podem
preservar nossa casa comum e torná-la melhor para as gerações que hão de vir.
A pesquisa de campo foi
realizada no dia seis de junho de 2016, em uma área livre da cidade de Osasco,
situada nas proximidades da Avenida Presidente Médici, no Jardim D’Ávila, zona
norte do município.
A entrevistada foi a Sra.
Conceição Pereira Silva[25] – 45 anos, do Lar, casada
e mãe de dois filhos, mora na residência há 20 anos.
Desde que se mudou para o
local, seus vizinhos já sofrem com a constante ameaça de deslizamento de suas
casas. Contou que a casa dos fundos da sua está em risco, e a prefeitura de
Osasco nunca fez nada para resolver o problema. Relatou que mesmo com parte da
casa desmoronando existem moradores que não saem do local e vivem sob um
eminente risco de vida.
Quando questionada sobre
o que ela entendia sobre ecologia, respondeu que ecologia é o cuida das árvores
e do meio ambiente.
5.1 CONFRONTO DA VISITA DE CAMPO
Fica visível o sofrimento
daquele povo pobre, que é obrigado pelo poder opressor a morar em uma zona de
risco, com um córrego passando aos fundos de suas casas, com o risco constante
de perderem sua moradia ou pela ação da água ou pelo assoreamento do leito do
córrego.
A falta de planejamento
só aumenta a questão da poluição do córrego, onde é despejado o esgoto daquelas
famílias e muitas vezes, como foi possível constatar, é descartado todo o lixo
dessas casas. O grande acúmulo de lixo que tem nos fundos das casas junto às
margens do córrego é causa da grande proliferação de ratos e baratas e, por
conseguinte, de doenças que são transmitidas por esses animais. Vê-se também,
aliada com a falta de condições mínimas, uma notável falta de cultura
ecológica, pois na avenida existe coleta de lixo e mesmo assim eles continuam a
jogar seu lixo no córrego.
Conclui-se
que os moradores têm a consciência do risco que correm, mas muitas vezes são
coniventes com a situação que se encontram. Também é notável a contribuição
negativa que a maioria dos moradores oferece para a situação ecológica, mesmo
que seja a nível local.
Após o desenvolvimento do
trabalho, o grupo coletou uma série de conclusões. Contudo, julgou-se por bem a
priorização das questões que foram julgadas como mais passíveis de atenção.
A primeira conclusão que
se chegou foi a distância existente entre as teorias ecológicas que foram
elaboradas nas últimas décadas e o esforço real para as suas aplicações. Ou
seja, já se sabe o caminho que deve ser trilhado para que a degradação
ambiental seja freada, porém os governos fazem poucas coisas concretas para a
aplicação das ações propostas. Também os órgãos internacionais, criados
justamente para regulamentar atividades e questões de interesse global, nada
fazem na constatação do não cumprimento de acordos.
Outro ponto verificado
foi a falta de conscientização da maioria da população acerca do real
significado do conceito de ecologia, sustentabilidade e preservação do meio
ambiente. Sendo assim, é pouco efetiva a ação dos órgãos oficiais nesses grupos
de pessoas, que hoje ainda compõe a maioria da população.
E por fim, conclui-se que
um dos piores vilões dessa crise ambiental é a cultura de consumo na qual a
sociedade está inserida. Nesse contexto, grande parte da população adquire
produtos com uma velocidade imensamente maior que a real necessidade de
aquisição. Essa prática acarreta a geração desnecessária de lixo e resíduos
que, infelizmente, não são reaproveitados no novo ciclo produtivo.
Boff, Leonardo. Ecologia – Mundialização – Espiritualidade. Editora Ática, 2000.
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[1] Cf. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda.
Mini Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. 6. Ed. Curitiba: Positivo,
2006, p. 745.
[2] Cf .SILVA, Carlos Eduardo Lins Da. Ecologia e Sociedade: uma
introdução às implicações sociais da crise ambiental. São Paulo: Loyola, 1978,
p. 23.
[5]
Cf. CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. Tradução Álvaro
Cabral. 1ª ed. São Paulo, SP: Cultrix, 2006. Cap. Crise e transformação. p. 21
e 22.
[7]
Cf. CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. Tradução Álvaro
Cabral. 1ª ed. São Paulo, SP: Cultrix, 2006. Cap. Crise e transformação. p. 21
e 22.
[9] Cf. ENERGIA NUCLEAR, Fukushima acidente nuclear, outubro
2013. Disponível em: <http://pt.energia-nuclear.net/acidentes-nucleares/fukushima.html>.
Acesso em: 06.jun.2016.
[10]Cf FOLHA DE SÃO PAULO, Quatro anos depois, acidente nuclear em
Fukushima ainda assombra Japão, março 2015. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/03/1600721-quatro-anos-depois-acidente-em-fukushima-ainda-assombra-o-japao.shtml>.
Acesso em: 06.jun.2016.
[11] Cf PLANETA SUSTENTÁVEL, Como é contido um vazamento nuclear?, maio
2011. Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/como-contido-vazamento-nuclear-mundoestranho-628629.shtml>.
Acesso em: 06.jun.2016.
[12]Cf SUPER INTERESSANTE, Fukushima e o ataque dos javalis
radioativos, abril 2016. Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/fukushima-e-o-ataque-dos-javalis-radioativos>.
Aceso em: 06.jun.2016
[13] Cf FOLHA DE SÃO PAULO, Quatro anos depois, acidente nuclear em
Fukushima ainda assombra Japão, março 2015. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/03/1600721-quatro-anos-depois-acidente-em-fukushima-ainda-assombra-o-japao.shtml>.
Acesso em: 06.jun.2016.
[14]Cf. O GLOBO, Poluição do ar na China atinge novos recordes e cem milhões são
afetados, dezembro 2015. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/sociedade/poluicao-do-ar-na-china-atinge-novos-recordes-cem-milhoes-sao-afetados-18368123>.
Acesso em: 06.jun.2016.
[15] Cf. CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. Tradução Álvaro
Cabral. 1ª ed. São Paulo, SP: Cultrix, 2006. Cap. Crise e transformação. p. 24.
[16] Cf. Ibid., p. 29.
[17] Cf. CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. Tradução Álvaro
Cabral. 1ª ed. São Paulo, SP: Cultrix, 2006. Cap. Crise e transformação p. 32.
[18]. Cf. Ibid.,p. 37.
[19] Cf. Ibid., p. 41.
[20] Cf. CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. Tradução Álvaro
Cabral. 1ª ed. São Paulo, SP: Cultrix, 2006. Cap. Crise e transformação, p. 41.
[21]
FRANCISCO, PP. Carta encíclica do Sumo
Pontífice Francisco, Laudato Si – Sobre o cuidado da casa comum. Paulus
editora e Edições Loyola Jesuítas. São
Paulo - 2015
[22] FAUSTINO,
Evandro. 500 anos – Reflexões sobre a
Evangelização. Quadrante.2000
[23]
Dezinger, Heinrich. Compendio dos
símbolos, definições e declarações de fé e moral. Traduzido por José Marino
e Johan Konings. Paulinas e Edições Loyola Jesuitas. 2007
[24]
Todas as referências do texto foram extraídas da Carta Encíclica Laudato Si – de 24 de maio de 2015 –
sendo que as próximas referências se limitarão a citar o número do parágrafo do
próprio documento. NA
[25]
Sra.Conceição não permitiu nenhum tipo de registro fotográfico ou em áudio de
sua entrevista.
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